O recente crash em vários criptoativos e a potencial crise económica que se avizinha decorrente da subida da inflação tem levado muitos investidores a interrogarem-se se devem ou não resgatar os seus investimentos.
Resgatar ou não os investimentos?
Se está a perder dinheiro com os seus investimentos em, por exemplo, PPR, Fundos de investimento, ETF ou outros, é perfeitamente compreensível que se sinta tentado a resgatar os investimentos.
Contudo, ao invés de resgatar os investimentos em queda, a resposta pode e passar por um reforço.
Claro que esta ação exigirá da parte do investidor coragem e confiança de que no futuro aquele investimento recuperará assim que a situação que deu origem à queda esteja resolvida.
O medo de “perder tudo” é o grande entrave a este reforço, mas para que isso acontecesse seria necessário que todas as empresas a que o seu dinheiro está ligado fossem à falência. Isso acaba por ser muito improvável, não é impossível, mas é tremendamente improvável. Daí a importância de diversificar nunca colocando todo o seu dinheiro em apenas um produto.
É natural num sistema capitalista feroz, como aquele em que vivemos existirem grandes quedas ciclicamente, tem sido sempre assim ao longo das décadas, o que faz a grande diferença é a sua reação enquanto investidor quando isso acontece.
Por exemplo, imagine que investiu 1.000 euros num fundo PPR, por exemplo, e agora foi ver o seu extrato e verificou que o saldo só está em 900 ou 800 euros. Isto é assustador para muitas pessoas, mas a reação não deve ser resgatar imediatamente o investimento, ao invés, é importante dar-se tempo para esperar pela recuperação.
Por exemplo, um fundo de investimento em que colocou dinheiro está a cair 30% e decide reforçar, assim que a situação voltar ao “normal” já terá ganho 30% sem fazer nada. É garantido que isso irá acontecer? Não. Rendimentos passados não garantem rendimentos futuros, mas ao longo dos últimos 100 anos foi isso que aconteceu. Só perde dinheiro quem resgata em perda.
Enquanto não resgatar, não perdeu dinheiro. Este é um princípio básico das finanças pessoais e dos pequenos e grandes investidores.
É simples, mas exige coragem. Se isto lhe faz confusão, o melhor é não se meter nisto e continuar apenas com produtos com capital garantido.
Este conceito de reforçar investimentos que estão em queda pode parecer-lhe muito estranho, mas é uma estratégia que investidores em larga escala têm seguido e os tem tornado mais ricos ao invés do que muitos acreditam ser o passo ideal, ou seja, resgatar.
Apesar do que fomos dizendo ao longo deste artigo, a última palavra pertence sempre a si, afinal de contas é o seu dinheiro que está em jogo.